
Fuera de la galería
Eternuridade
Eternuridade procura o seu lugar na fronteira entre o eterno e o transitório, e entre duas paisagens de composição: a paisagem do movimento dos corpos e a paisagem sonora. O afecto e o outro representam, dentro delas, duas noções nucleares, não só porque condicionam o entendimento do espaço e a forma como se manobram as extensões do tempo, mas também porque constituem elementos indispensáveis para a definição da identidade individual: “é em relação que cada um é” , explica Amélia Bentes. Estes são, por isso, “corpos que dançam metáforas do que lhes é efémero e transitório, mas que precisam de existir nem que seja apenas um instante para se tornarem eternas” e que, desta forma, descobrem, na entrega total a um momento presente, a unicidade de cada um e de todos.